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A Fresta #2 – Hemorroidas de general com mocotó de terceiro-sargento

A Fresta, por Natan Schäfer
Arte de Jasmina Schidmt para ilustrar A fresta #2.

A Fresta é uma coluna quinzenal dedicada às realizações do movimento surrealista e seus entornos.


Hemorroidas de general com
mocotó de terceiro-sargento

Tradução de Natan Schäfer

Há hemorroidas de general em quase todos os refeitórios dos oficiais generais; o mocotó de terceiro-sargento, por sua vez, pode ser encontrado nas cantinas reservadas aos sub-oficiais engajados do mesmo modo com que outros seguem rumo ao seu primeiro encontro. Ao que tudo indica, as hemorroidas de general de brigada são preferíveis às de general de exército ou de corpo de exército, mas isto não é um fato absoluto.

Para cinquenta gramas de hemorroidas calcular duzentas gramas de mocotó.

Colocar as hemorroidas em uma peneira e submetê-las a um forte jato de água fria; fazer isso até que atinjam a bela transparência meio esverdeada de caviar Ossetra enlatado, ovas de caracol ou olhos de libélula. Deixar escorrer bem.

Refogar em fogo baixo com três colheres de óleo de papoula italiana. Picar um punhado de folhas de noz moscada; escaldar por um minuto em água salgada; espremê-las no coador; derramar o extrato assim obtido sobre as hemorroidas refogadas; adicionar uma colher de café de cúrcuma, uma de glutamato, duas folhas de murta, três folhas de carvalho e uma pitada de pimenta malagueta.

Enquanto isso, bater o mocotó no liquidificador; depositá-lo em uma tigela com cinquenta gramas de nata feita com bom leite de taifeira do regimento — ainda que esta seja brasiguaia [1] —, duas gemas de ovo de pinguim batidas a toque de caixa, um dente de alho macerado, trinta gramas de queijo Bel Paese picado, meia medida de ketchup. Misturar bem. Espalhar sobre fatias suficientemente grossas de pão velho.

Despejar as hemorroidas sobre as torradas e polvilhar com sementes de cânhamo; levar ao forno médio por dez minutos. Servir quente.

Vinha recomendado: um Casa Perini Merlot.


Nota do tradutor
[1] Em francês, “anglo-normanda”.


“Tome cuidado com Prévan”*

Resta-me dizer que o tal Prévan, que você não conhece,
é extremamente amável, e mais que isso hábil (…).

As ligações perigosas, Choderlos de Laclos

DISCLAIMER: AS SOMBRAS E A NOITE

Antes de mais nada, é preciso fazer um disclaimer exigido pelo espírito do tempo, o qual já se encontra anunciado por André Breton no prefácio à edição definitiva da Antologia do humor negro, datado de 16 maio de 1966, no qual ele anota:

Espero que seja suficiente lembrar que, ao ser lançado [o livro Antologia do humor negro], as palavras ‘humor negro’ não faziam sentido [1] (exceto caso estivessem se referindo a uma forma de escárnio que seria característica dos ‘negros’ [2]”).

Embora ao que tudo indica a expressão tenha sido cunhada pelo autor de Às avessas J.-K. Huysmans [3], a antologia de Breton foi decisiva para a definição, aprofundamento e difusão do humor negro, constituindo um esforço de grande vulto que se mostrou capaz de irrigar esta espécie de humor com o que há de liberador e sublime no ser, contribuindo para mantê-la longe do domínio dos reacionários das mais variadas estirpes.

No entanto, não podemos deixar de sublinhar que, como demonstra esta mesma Antologia, publicada pela primeira vez em maio de 1940, em plena Segunda Grande Guerra, o adjetivo que qualifica este tipo de humor diz claramente respeito ao negror noturno [4] e possui uma acepção alquímica, podendo ser também encontrado em filmes noir, como À Beira do Abismo (The Big Sleep; dir. Howard Hawks, 1946); em romances góticos, como O castelo de Otranto, de Horace Walpole; ou no Fim e a maneira, de Jean-Pierre Duprey [5].

Quanto a isso, vale também mencionar a “Introdução aos ‘Contos bizarros’ de Achim Von Arnim”, na qual Breton identifica duas tendências no movimento romântico: uma de obscurecimento, defendida por Schelling e seu Sistema do Idealismo transcendental; e outra de iluminação, da qual são partidárias figuras como Achim Von Arnim. Nessa mesma introdução Breton ainda indica que

Em nossos dias e apesar das mais memoráveis sondagens jamais realizadas que, na época moderna, foram operadas por Sade e Freud, que eu saiba o mundo sexual não deixou de opor à nossa vontade de penetração do universo seu inestilhaçável núcleo de noite [6].

Entretanto, ao que parece, a oposição noite e dia, assim como sua “articulação simbólica” [7], ou mais simplesmente seu uso enquanto qualificativo não é tão usual no Brasil quanto em outras partes do mundo. Se fosse, poderíamos designar José Alcides Pinto, Febrônio Índio do Brasil ou Dalton Trevisan como escribas da noite, e Murilo Mendes, Paulo Mendes Campos e Zuca Sardan como captadores predominantemente diurnos. De todo modo, caberia investigar os porquês dos quais, tanto da oposição em questão quanto de sua aplicação, o que extrapola o escopo deste texto mas não o interesse de seu autor.

Também cabe lembrar que a escuridão do ser também pode ser associada à melancólica bile negra estudada pelo renascentista Robert Burton em Anatomia da melancolia (Editora UFPR, 2013; trad. Guilherme G. Flores), correspondendo na alquimia à nigredo, fase ou estado da obra que consiste na putrefação e designa a
morte espiritual.

Agora, será que estas observações seriam suficientes para afastar mal-entendidos desavisados ou expressos, de modo a esclarecer o suficiente o caminho para que possamos seguir rumo às refrescantes sombras abertas pelo leque da risada tenebrosa aberta por Guy Prévan?


Colagem de Jasmina Schmidt

O HUMOR NEGRO CONTRA O BOBO-DA-CORTE

Se for verdade que o Ocidente jamais viveu um século tão escarninho e irônico como tem sido o XXI, por outro lado me parece que o humor negro, capaz de sublimação através da superação da comicidade, continua tão raro quanto sempre foi.

Pois muitos são os bobos-da-corte e poucos os cortantes bem-humorados.

Dentre estes últimos se encontra, sem dúvida, Guy Prévan (Nevers, 1933-Paris, 2017). Nascido Guy Lecrot, segundo Gérard Roche, presidente da Associação de Amigos de Benjamin Péret, Guy Prévan possuía uma “personalidade rica”, destacando-se por “seu humor, gosto pela ironia, vasta cultura, senso crítico herdado de seu passado de militante revolucionário e sua absoluta independência de espírito”. Ainda cabe dizer que, além de sua contribuição fundamental para a organização das obras completas de Benjamin Péret nos anos 1960, Prévan de fato se destacou como militante trotskista, a ponto de tornar-se um dos dirigentes da Organização comunista internacionalista, porém jamais perdendo o senso de humor.

RIR DE BOCA CHEIA: ANTROPOFAGIA

Em O diálogo em 1928, publicado nest’A Fresta em 24 de janeiro de 2023, já pudemos ver uma menção à antropofagia, que vinha interessando o Ocidente desde a Renascença, quando Montaigne escreve o famoso texto Sobre os canibais e posteriormente renovado graças aos estudos de Lucien Lévy-Bruhl, Claude Lévi-
Strauss e outros. No caso dos surrealistas, o interesse pela antropofagia parece vincular-se tanto àquilo que na época era denominado “primitivo”, quanto ao humor e a uma certa crueldade que também os levava a interessar-se por determinados crimes veiculados pelo noticiário policial, como o caso das Irmãs Papin e de Violette Nozières.

Logo, por mais que o título de um volume como Pequeno compêndio de cozinha antropofágica, de Guy Prévan (Éditions de l’instant, 1988) possa apontar para uma das mais óbvias referências à antropofagia, que é o Manifesto Antropófago, publicado por Oswald de Andrade em 1928, o livro de receitas de Prévan me parece sugerir maiores afinidades com Jonathan Swift e o Marquês de Sade do que propriamente com Oswald de Andrade e seus amigos.

Embora eu não seja um especialista em Antropofagia oswaldiana feito alguém como o excelente pesquisador Alexandre Nodari, suponho que Prévan está mais para Sade do que para Andrade pois, a meu ver, Oswald limita sua articulação da antropofagia, ao que parece não dando devida atenção, por exemplo, à “liturgia” da deglutição do inimigo e a violência e crueldade correspondentes. Portanto, o aprofundamento que viria a ser realizado pelo antropólogo Eduardo Viveiros de Castro em suas Metafísicas canibais (Ubu, 2018) parece de fato algo necessário à elaboração da Antropofagia oswaldiana. De todo modo, é evidente que com não se
pretende tirar os méritos do Movimento Antropofágico. O que interessa aqui é a partir disso é notar que, embora Prévan não tenha ingerido carne humana, ao elaborar estas receitas com minúcia de gourmand e de quem saboreia com intensidade os prazeres da vida, ele permite vivenciar algo da antropofagia pelo humor.

Tenho de dizer que ao traduzir Hemorroidas de general com mocotó de terceiro-sargento, por mais estranho que isso possa soar, de fato senti sua culinária. A receita parece efetivamente funcionar e, ainda que não tenha obtido os ingredientes necessários para colocá-la em prática — o que de fato é mais difícil do que supõe Prévan —, obtive um certo prazer imaginando as texturas, aromas e sabores aí envolvidos. Há nisso uma evidente contradição envolvendo sublime e grotesco, à qual logo voltaremos.

Antes é preciso lembrar que a tradição do pensamento que envolve a alimentação não é uma novidade do mundo moderno. Quanto a isso, basta lembrar d’O banquete platônico e da cocção como procedimento alquímico. Na modernidade, um dos mais interessantes livros sobre o assunto é A Cozinha Futurista (Alameda Casa Editorial, 2009; trad. Maria Lucia Manicelli) publicado de Filippo Tommaso Marinetti e Fillìa em 1932, no qual os autores se propõem a instaurar o futurismo na cozinha através de uma “revolução culinária” assim

modificando radicalmente a alimentação de nossa raça, fortificando-a, dinamizando-a e espiritualizando-a com novíssimos víveres nos quais a experiência, a inteligência e a fantasia sejam capazes de substituir economicamente a quantidade, a banalidade, a repetição e o custo.

Apesar do imperdoável fascismo de Marinetti, sua reflexão sobre a culinária aponta para as reflexões que Giorgio Agamben viria desenvolver em Gosto (Autêntica, 2017) e permite com que se reitere a aproximação do saber ao saber, a qual já fora defendida na Renascença por Tommaso Campanella em Sobre o sentido das coisas [Del senso delle cose]. Dada a proximidade cronológica com relação à publicação de Marinetti, não parece mera coincidência que, entre os anos 1928 e 1930, também René Daumal tenha se dedicado ao tema, escrevendo Em busca do alimento, texto no qual afirma que “cada maneira de ser do corpo exige um alimento particular”, associando em seguida alimentação física à espiritual.

Mais recentemente, quem tem demonstrado acentuada sensibilidade humorística para a alimentação, atualizando as tortas da comédia slapstick, são os responsáveis pelo programa Choque de Cultura. Um de seus personagens é o motorista Renan de Almeida, que com frequência faz menção à alimentação, afirmando em um dos episódios que “comida de motel é arroz à piemontese” ou oferecendo picolé de margarina aos demais personagens. Daniel Furlan, que não só interpreta Renan como também é um dos redatores do programa, já dava sinais deste gosto no clipe de “Guilty Sleep”, da banda Ócio. Cumpre no entanto notar que
tanto o personagem de Furlan quanto o clipe de “Guilty Sleep” evidenciam o caráter nojento latente em qualquer alimento. Ora, para manifestar o aspecto fúnebre da comida — pois como lembra a “Licença Nojo”, regulamentada pelo artigo 473 da CLT, nojo é luto — basta deixar um prato de feijão cair no chão ou virar uma cumbuca de yakissoba na cabeça de um roqueiro [8]. Analisando esta predileção a partir de um ponto de vista não tão moral, é possível vislumbrar na comida como fonte de nojo uma expressão do espírito do tempo, que por sua vez nos levaria a perguntar por que o gozo da criança que se lambuza com aquilo que a mantém viva retorna no adulto de maneira tão literal, inquietante e engraçada.

Embora arriscando incorrer em simplismo, poderíamos avançar que um dos elementos fundamentais que concorre para o surgimento do grotesco alimentar é a manutenção de um certo equilíbrio. À higiene contemporânea responderia um de seus opostos, manifestado no gozo com a lambança. Porém, para efetivamente fundamentar e sustentar esta hipótese teríamos de debruçar-nos sobre outros aspectos que fogem à extensão deste texto como, por exemplo, o food porn dos feeds e a proliferação de pratos “instagramáveis”.

ENTRE TAPAS E BEIJOS

Uma vez que dispusemos da terminologia freudiana, poderíamos afirmar de maneira também superficial e precipitada, mas não destituída de interesse, que a receita elaborada por Prévan possui uma fixação na fase anal bastante pronunciada, surgindo como que envolvida em ares de zoeira adolescente. Isso por sua vez estaria em sintonia com o enfrentamento da instituição paterna que detém a força. Porém, Prévan expressa sua petulância dispondo de uma riqueza e precisão verbal singular que, aliada a seu senso de sublime, trata o grotesco com requintada delicadeza, da qual somente é capaz quem dá passagem à paixão. Além disso, tanto pelo vasto léxico, inclusive no que diz respeito à caserna, quanto pelo ardor, Prévan dialoga com Benjamin Péret, como este último enfrentando corajosamente os militares e toda espetacularização de que eles são capazes de inspirar.

Assim, mostrando que a ofensiva não exclui a delicadeza, a receita de Prévan reativa o valor da provocação e da polêmica. Ora, em um momento no qual a provocação não gera debate, mas sim a interrupção do debate — o que por sinal é muito grave —, é importante que recuperemos a capacidade de elevar e manter a tensão, de modo a permitir, como afirma Breton citando Rimbaud, emanações e explosões. Pois se o engraçado jamais esteve tão próximo do trágico e o ridículo tem tido consequências excessiva e dolorosamente concretas, é importante resgatar a poderosa capacidade de rir com prazer e explosivamente daquilo que, mesmo quando poderoso, é tosco e estúpido, exercendo a petulância do revolucionário consciente do poder que compõe, confiante na utopia que vislumbra e que portanto exibe a fúria do sorriso zen.

Pois o sujeito deve não apenas estar pronto para fazer de tudo em busca da diminuição do sofrimento daqueles a quem ama, e portanto também de si próprio, mas também disposto a intensificar, pelo menos fantasiosamente, o tormento daqueles a quem odeia. Lembremos que, como afirma o psicanalista Contardo
Calligaris em entrevista ao programa Roda-Viva (que foi ao ar em 28 de abril de 2008):

(…) expressar a agressividade da gente, isso eventualmente diminui a necessidade de atuação, de atuar a violência, quero dizer. É bom saber que a gente é capaz de odiar, por exemplo. Acho que todo mundo tem que ter um inimigo, pelo menos um — ou dois.

E quando for necessário engolir sapos e ficar com o saco cheio de oficiais, que os tomates sejam confitados e os ovos bem cozidos, por favor.

RESGATE DAS EXPLOSÕES E AS PANELAS

Se concordamos que para permitir as emanações explosivas é preciso resgatar uma certa gramática humorística, tirando o humor das mãos dos que não sabem rir em comum e exercem o riso mais comum e banal, cabe perguntar-se como proceder esse resgate. Seria apontando o dedo? Imperativando? Startupificando? A meu ver, não.

Talvez a melhor maneira de recuperar essa gramática, e com ela seu potencial transformador, seja a descoberta. Pois se infelizmente existem campos de trabalhos forçados, quero crer que ainda não chegamos aos campos de riso forçado, embora pareça que estamos cada vez mais perto deles. É da natureza da gargalhada não ser forçada, mas justamente o contrário, isto é, uma liberação que permite a descarga libidinal. Assim, descobrir o que faz rir e quais os caminhos pelos quais passa este riso pode ser capaz de ampliar e transformar a vida e, quem sabe, permitir deslocamentos que tragam novidades.

Como bem nota a pesquisadora Concetta D’Angelo em O cômico (2007, Editora UFPR; trad. Caetano W. Galindo), um dos aspectos da comicidade consiste em uma “batalha política”, o que se bem me lembro o tradutor Caetano W. Galindo costuma sintetizar da seguinte maneira: a organização do cômico consiste em um grupo de pessoas — isto é, uma panela — tirando sarro de outro. Logo, para evitar o que há de pior nisso, caberia rir também de si e de seu próprio grupo, o que à primeira vista consistiria numa traição, mas cuja dialética negativa que realiza é crucial para a manutenção do movimento [9]. Além disso, não podemos esquecer que esse outro de quem rimos em parte reside em nós mesmos, seja ele um bom-samaritano ou um facínora. Assim, agradeço à ética e à Lei que me fazem poder desfrutar a vida sem ter de necessariamente ser um penitente ou um foragido.

Por fim, é preciso dizer que se por conta das profissões envolvidas você não gostar ou experimentar profunda indignação com a tradução desta receita, sinta-se à vontade para substituir ao seu bel-prazer a fonte dos ingredientes que a protagonizam, optando, digamos, por um padre e uma freira, um deputado e seu suplente, um casal de universitários, um par de jogadores de, respectivamente, futebol e cacheta ou, por que não?, pelo tradutor deste texto e seu autor. O único porém é que, no que diz respeito a este último, a esta altura talvez os ingredientes pretendidos estejam meio ressecados, de modo que seria mais adequada sua utilização em pó como tempero.


[1] Em francês “sens”, que também remete ao “senso” de humor.

[2] Em francês “nègre”, que ao ser marcada por aspas parece demonstrar a atenção conferida por Breton ao caráter racista do termo, similar ao “nigger” anglo-saxão.

[3] A expressão consta no texto autobiográfico intitulado “Joris-Karl Huysmans” publicado na revista Les Hommes d’aujourd’hui em 1885 e se refere ao próprio Huysmans.

[4] Possivelmente “nigrum” e “nox”, que respectivamente vão dar as palavras “negro” e “noite”, partilham da mesma raiz etimológica proto-indo-europeia.

[5] Cf. Revista N. do t. https://notadotradutor.com/previas/(n.t.)_Jean_Pierre_Duprey.html

[6] Texto reunido na coletânea Raiar do dia [Point du jour] (N.R.F., 1934).

[7] Noção desenvolvida por Marcos N. Beccari em sua tese de doutorado.

[8] A alimentação também é aproximada do luto no filme Decisão de partir (dir. Park Chan-wook, 2023) em uma cena na qual o detetive Hae-Joon janta com a viúva Seo-Rae diante de um painel composto por fotografias de cadáveres envolvidos
em casos não solucionados.

[9] Vide O vendido, de Paul Beatty (Todavia, 2017, trad. Rogério Galindo). Muitas das observações deste trecho do texto se baseiam em comentários de Caetano W. Galindo realizados em suas aulas e nos encontros do Núcleo de Estudos do
Romance (NERO).


Arte de Jasmina Schmidt.

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