Sobre
Violência, perversões, transtornos mentais – tudo é matéria fértil para a prosa de Caio Girão.
Em seu primeiro livro de contos, o autor cearense mergulha nos tabus sem medo dos horrores que pode encontrar.
Leituras
“Os contos de Caio Girão, com poucas palavras, inserem o leitor por completo dentro da cena narrada e, com outras poucas palavras, nos conduzem por caminhos inesperados. A cada texto a surpresa se renova: nunca sabemos para onde seremos levados. Há um frescor que remete a Donald Barthelme, uma exuberância narrativa de quem comemora as possibilidades infinitas da literatura.” — Antônio Xerxenesky
“Caio Girão nunca gira em falso. Herdeiro da melhor contística das últimas décadas, realista como Rubem Fonseca e tão cortante quanto Marçal Aquino, não sabe se irá pagar seus impostos. Melhor fugir e inventar um lugar só seu, então, onde não deverá nada a ninguém. É a única saída de todo grande escritor, mesmo quando jovem.” — Joca Reiners Terron
“Não acho, não penso que; tenho convicção: este livro revela um autor inventivo, forte, que traz, a cada narrativa, uma completa novidade. Quase sempre vasculhando aspectos oblíquos da alma humana, faz deles sua matéria prima, e com isso provoca a epifania: ali somos nós, retratados em nossas hesitações, nossas misérias, nossos deslumbramentos, nossas pequenas perfídias.” — Luiz Antonio de Assis Brasil
Caio Girão
Caio Girão escreve. Publicou a novela Meus Escorpiões (publicação independente), o livro de poesia auto-anátema (Caravana Editorial, 2022) e o romance Cantem os Cânticos Como Cantaram os Anjos (Opera Editorial, 2023).
Trecho
“Meu pai parou o carro e olhou diretamente para ela, antes que pudesse falar qualquer coisa, ela jogou uma nota de cem no banco da frente e saiu do carro, ele a observou caminhando em direção ao ponto de ônibus, ainda sem entender. Como que automaticamente, partiu. Poucos metros à frente parou o carro, pensou: “Meu Deus, aquela mulher quer se matar. Quanto desespero é preciso para que alguém vá de táxi até uma ponte da qual irá se jogar?”.
Caio Girão –
O livro é bonito demais