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comer devaneio

por Lia Petrelli
Desenho de Leopoldo Cavalcante para postagem de Lia Petrelli
SUMIR IRMUS SUMIR IRMUS
Virtualizados
(pela esperança?)
.como desfazer corpo-todo.
AÇO OÇA AÇO
Assistir concertos (fúnebres)
Recortar histórias, todas,
Rasgar escopo
arrebentar fio condutor germinar terminação
da semente
Descontinuar presente bem na
Calada fim de noite
(quando breu desponta em dia!)
COMER DEVANEIO
Os frangalhos de Maria voaram até mim:
(essa imensidão de vento que sopra queimadura)
Qual vida é real? A que antes existiu? A que passa a existir? Chega-se deste fagocitar distópico!
Quais dos sonhos será que nos encontramos? Só poder tocar distância:_________________________________
da escada do teatro
LARGAR MÃO
AUDÁCIA MALÍCIA
TROPEÇO EMBAÇO

sob-sol-desperto:
peso invisível de um corpo sobre o meu.
Pressão de abraço inteiro. Deixo de acreditar que vá vingar. “Nascer beleza”, soar distante.
Melancolia- (Bem, mas bem mais sonora-sentida!) “Passa a me incomodar, Realidade”,
tangível mundo injusto
Ah, de se manter razoável, distância de tais monstruosidades,
Sentir pele-em-pele
soa agora: “imbe-cili-dade”
“Eixo único, Realidade, interessa...”
Escorro viscos sobre mim:
(as próprias vontades
egóicas).
Desejo com birra de criança que escorreguem futuros inúteis e
pairo sobre aspirador
Estar viva e carregar o peso-morte de incertezas banais.
Choro lágrimas sem líquido pensando no peso daquele corpo sobre o meu.
Lia Petrelli
Poema de Lia Petrelli em imagem devido à formatação única.

Lia Petrelli, paulista, artista visual, psicanalista e cutucadora de pensamentos abstratos. Construção-desconstrução-reconstrução cabem no mesmo novelo.

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