A capa como face pública: construção visual e diálogo com o autor#

O design de capa é a etapa em que o livro ganha sua identidade visual pública: a face com que circula nas livrarias, nas mãos dos leitores e no mercado. Na Cachalote, esse processo envolve não só a criação da primeira capa, mas também a definição da capa aberta (frente, lombada, orelhas e quarta capa) e sua articulação com a identidade visual da editora.

Identidade visual da Cachalote#

A Cachalote mantém uma linha visual reconhecível, que articula:

• consistência tipográfica;
• critérios gráficos de hierarquia e disposição dos elementos;
• padronização da lombada e da quarta capa (onde ficam localizados ISBN, código de barras, trecho do livro e blurb);
• variação de estilos e abordagens artísticas na primeira capa, respeitando as características literárias de cada obra.

Essa estratégia permite que os livros sejam visualmente diversos, mas facilmente identificáveis como parte do catálogo da editora.

Briefing de capa: o autor participa da concepção artística#

O processo de design de capa começa com um briefing estruturado, conduzido pela editora, em que o(a) autor(a) é convidado(a) a compartilhar:

• referências estéticas e artísticas (imagens, capas, artes, paletas, estilos);
• percepções subjetivas sobre o tom, o clima e a proposta simbólica da obra;
• preferências e restrições quanto a elementos visuais, tipografia e ilustração.

Essa escuta é o ponto de partida para a criação. O briefing não é um pedido de encomenda nem um espaço de deliberação burocrática sobre a arte final – é um espaço de diálogo qualificado, que alimenta a equipe de design com ideias, pistas e provocações.

A partir dessa escuta das sugestões do(a) autor(a), entram em cena o repertório artístico da equipe de design, a identidade gráfica da editora e os princípios curatoriais que moldam o catálogo da Cachalote.

Versões de capa: três caminhos para escolha do autor#

Com base no briefing, a equipe de design desenvolve três propostas de capa, diferentes entre si, mas alinhadas com a identidade visual da editora e com a leitura da obra. Cada versão é uma resposta concreta ao diálogo inicial, e não um exercício genérico de estilo.

O(a) autor(a) escolhe uma das versões e, caso seja necessário, solicita ajustes pontuais, envolvendo alterações de cor ou posição de elementos. Essa escolha não é passiva, na medida em que envolve reconhecer o caminho que melhor traduz (ou amplifica) o livro dentro do escopo artístico da editora. É, por assim dizer, uma etapa de confiança mútua, em que o(a) autor(a) reconhece que seu livro está inserido num projeto visual com coerência e direção.

Na Cachalote, as capas não nascem para satisfazer expectativas meramente individuais; antes, integram um panorama estético e editorial pensado para os leitores. A liberdade de sugestões para a capa, aqui, não é delegação de responsabilidade, mas um espaço criativo compartilhado e ancorado na escuta e na atuação profissional.

Numa palavra: publicar com a Cachalote é também confiar no nosso projeto gráfico, que afirma, a cada livro, uma ideia de literatura e de leitura.

Layout de capa aberta#

Finalizada a primeira capa, é produzido o layout da capa aberta, que inclui:

• primeira capa – a face pública do livro;
• lombada – padronizada conforme a identidade visual da editora, ajustada à espessura do volume;
• quarta capa – espaço para sinopse, ISBN, código de barras, selo da editora e eventuais textos editoriais.

O layout da capa aberta obedece às diretrizes gráficas do projeto editorial, garantindo unidade estética e funcionalidade técnica para impressão, distribuição e circulação comercial.