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O controle da Coroa e a ausência de tipografias (1500-1808)

O controle da Coroa e a ausência de tipografias (1500-1808)

Atualizado em 06/06/2025

Desde o início da colonização, Portugal restringia a impressão no Brasil para manter o controle ideológico e administrativo da colônia. Todo livro que circulava no território precisava vir diretamente da metrópole, submetido à censura da Real Mesa Censória e do Santo Ofício.

Principais consequências da proibição da impressão no Brasil:

  • Dependência de Portugal – Todos os livros que chegavam ao Brasil eram importados e passavam pelo crivo da censura metropolitana.
  • Livros como artigos de luxo – O alto custo e a importação limitada restringiam a leitura à elite.
  • Alfabetização restrita – Com pouca circulação de textos, o ensino formal era acessível apenas ao clero e a poucos grupos privilegiados.
  • Pouco espaço para ideias novas – Sem tipografias locais, o debate sobre temas políticos, filosóficos e científicos era limitado.

Ainda assim, a palavra escrita sempre encontrou caminhos. Os jesuítas, por exemplo, tentaram introduzir prensas para produzir material educativo e catequético, mas foram impedidos pelo governo português. Até documentos administrativos precisavam ser copiados à mão ou importados. No Brasil colonial, escrever não garantia que um texto se tornasse público – sem tipografias, publicar um livro era um privilégio inalcançável para a maioria.

Atenção

Referências: Todas as fontes utilizadas neste texto estão listadas na seção de referências gerais do documento. Para mais detalhes, consulte a listagem completa.