Sobre
Dedicado a Ana Rubro Negra, personagem travesti de Cidade de Deus, o romance Samba Fandango segue a tradição da literatura brasileira que olha para o crime na periferia sem maniqueísmo. Mas Andreas Chamorro desvia do caminho de seus antecessores ao escrever a violência como prerrogativa de quem está à margem da margem, praticada por uma quadrilha formada por travestis, prostitutas, gays e mulheres.
Ao assaltar um carro-forte, o grupo desafia a facção que comanda o fictício Morro do Oroguendá desde os anos 1980. O desejo pelo domínio na favela, no entanto, não é a única coisa que os bandos têm em comum, resultando numa trama que mais uma vez mostra o talento do autor para esmiuçar toda a complexidades das relações familiares, sejam elas de sangue, de santo ou de crime.
Andreas Chamorro
Andreas Chamorro nasceu em 1994. É escritor, editor e autodidata. Enquanto escritor, publicou as coletâneas de contos Divindades Solitárias (Editora Kotter, 2021) e A orgia perpétua ou o relatório de Pimenta (Editora Patuá, 2023). Tem textos publicados em antologias como a Zarpadas (Abarca Editorial, 2023) e em revistas digitais. Enquanto editor, trabalhou em mais de 15 títulos pela Editora Patuá. “Samba Fandango”, contemplado pelo ProAC, é seu segundo romance.
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