Entre traumas, dores e desejos,
Antonio Arruda
tece uma narrativa híbrida que atravessa conto, poesia e reflexão filosófica, sempre cortante, sempre em movimento.
O ponto de partida é visceral: a morte do pai, corroído por um câncer que rouba a sua voz ao mesmo tempo em que dá origem à voz do filho-escritor. É dessa ausência que nasce uma literatura de enfrentamento, onde erotismo, violência e misticismo se entrelaçam.
As fissuras em cada página – na memória, no corpo, nas palavras – de O Corte que Desafia a Lâmina revelam tanto feridas quanto epifanias. Diante da impossibilidade de uma cicatrização real, ou ao menos a descrença numa recuperação completa, o autor desdobra a vida em ficção, evocando a palavra como cicatriz. A marca na pele-folha, na carne-livro de um percurso estético-poético-filosófico que, se cessar de sangrar, morre.
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